sexta-feira, 17 de julho de 2015

O índio astrônomo


Na divisa entre Mato Grosso do Sul e o Departamento de Amambay, na República do Paraguai, existe a cidade de Ponta Porã, que faz fronteira livre com a cidade de Pedro Juan Caballero. Esta cidade fica em uma região que, em tempos remotos, foi ocupada por vários povos indígenas, incluindo principalmente os índios caiuás. Com a colonização promovida pelo homem branco, muitos aspectos da cultura desses povos indígenas passaram a ser ameaçados. Por um lado, a contaminação cristã introduziu entre os índios a (até então) inédita noção de pecado, levando muitos ao alcoolismo e até mesmo ao suicídio. Por outro, jovens índios passaram a assimilar a cultura do homem branco, ignorando suas próprias raízes. Como os índios brasileiros não contam com linguagem escrita, todo o conhecimento desses povos sobre ervas medicinais e ritualísticas, animais, astronomia e mitos, ficou sob os cuidados quase que exclusivamente de pajés. Pajés, além de detentores do conhecimento indígena, são também curandeiros e orientadores espirituais. 

Foi em meio a esta transição entre a morte das culturas indígenas e a dominante colonização promovida pelo homem branco que nasceu Germano Bruno Afonso, um descendente de índios.

O sobrenome Afonso foi herdado de colonizadores espanhóis. Mas Germano domina os idiomas Tupi, Guarani, Espanhol, Português, Francês e Inglês. 

Desde a infância conhece muito bem a astronomia tupi-guarani. Este foi o seu primeiro contato com as estrelas, constelações, Sol e Lua e seus reflexos sobre o mundo terreno. 

No lugar de simplesmente assimilar a cultura do homem branco, em detrimento da indígena, Germano encontrou uma solução realmente original e única. Ele usou a cultura do homem branco para hoje resgatar suas raízes no céu tupi-guarani. 
Germano Bruno Afonso

Germano graduou-se em Física pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Na mesma instituição obteve seu mestrado em Ciências Geodésicas. Doutorou-se em Astronomia de Posição e Mecânica Celeste pela Université Pierre et Marie Curie (Paris VI) e realizou estágio de pós-doutorado no Observatoire de la Côte d'Azur, na França. 

Em parceria com pesquisadores franceses de renome publicou trabalhos importantes sobre perturbações não-gravitacionais em satélites artificiais, com especial atenção dedicada ao satélite LAGEOS. Trouxe este conhecimento ao Brasil, o qual foi desenvolvido posteriormente em parceria com alunos seus de pós-graduação. Tive a sorte de ser seu orientado durante meu mestrado, na UFPR. Esta parceria resultou em um estudo inédito sobre a variação do tempo de resposta da Terra aos efeitos de marés provocados pela Lua

Mas, aos poucos, Germano começou a retornar às suas origens. Afinal, este era o seu chamado, a sua verdadeira missão. 

Criou e desenvolveu diversos projetos de arqueoastronomia e etnoastronomia indígena brasileira. Parte de seu trabalho pode ser encontrada no livro O Céu dos Índios Tembé, vencedor do Prêmio Jabuti de 2000. Outra fonte de ricas informações pertinentes e bem mais abrangentes é o site Astronomia Indígena

Germano sempre foi um entusiasta da ciência e da cultura em geral. A correlação entre este tipo de postura e senso de humor é simplesmente inevitável. Ele gostava de provocar o físico chinês Bin Kang Cheng com frases do seguinte tipo: "Como dizia Confúcio, água mole em pedra dura tanto bate até que fura." Cheng chegou a questioná-lo um dia: "Eu não acho que Confúcio tenha dito isso." E Germano respondeu: "Se não disse, deveria ter dito."

Enquanto fui seu orientado, Germano aparecia na sala de estudos dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Física da UFPR e perguntava para mim: "E aí, Adonai. Algum teorema novo?" Preocupado, eu respondia negativamente e ele completava: "Nem mesmo um corolariozinho?"

Durante o mestrado era patente o interesse de Germano por assuntos pouco convencionais mesmo entre físicos. Colaborei com ele, compondo uma música tema para um software que Germano desenvolveu, reproduzindo parte da sabedoria milenar chinesa do I Ching. Além do software, Germano publicou um livro sobre a codificação binária dos 64 hexagramas do I Ching. E isso era algo realmente fascinante.

Foi com Germano que aprendi os modos de pensar de físicos, criaturas que mais se parecem com magos (ou pajés) do que com cientistas. Físicos tradicionais não se preocupam com preciosismos matemáticos. Trocávamos ideias usando expressões que fariam qualquer lógico-matemático torcer o nariz, como "basta virar a equação de ponta-cabeça" ou "esta não linearidade das equações diferenciais está atrapalhando o progresso da ciência". 

Germano sempre deixou muito claro que a intuição do físico vale muito mais do que aquilo que ele sempre chamou de "altas matemáticas". De nada vale fazer contas complicadas, se não houver uma poderosa e elegante intuição física. E este foi um aprendizado de extraordinária importância, que persiste comigo, ainda que eu tenha posteriormente seguido o caminho da fundamentação lógica e matemática de teorias físicas. 

Germano é o único pesquisador brasileiro dedicado ao resgate do conhecimento astronômico de povos indígenas de nosso país. E ele chegou no momento certo. Se não fosse por este mestiço de sangue e espírito, em uma ou duas gerações todo o conhecimento astronômico dos povos que nossa cultura subjugou estariam irremediavelmente perdidos. Apesar de índios brasileiros falarem muitos outros idiomas além de Tupi e Guarani, essas duas línguas sempre têm operado como ponte de comunicação. Sempre existe algum índio que domina Tupi ou Guarani. E sua fluência nestes idiomas aprendidos durante a infância abre "portas". Pajés respeitam o índio de sobrenome Afonso e de nome com óbvia referência européia. Em um ritual realizado em uma das tribos visitadas, ele chegou a ser batizado como Doé, nome sagrado. Esta é uma grande honra, pois Doé (em Tukano) é a primeira estrela vista ao anoitecer. Um título que Germano carrega com grande carinho, ao lado de seu diploma francês. Neste sentido Germano é algo como a versão brasileira de Lawrence da Arábia.

Hoje Germano trabalha no Centro Universitário UNINTER, em Curitiba, Paraná. Conversei pessoalmente com ele poucas horas atrás, acompanhado de outra pessoa extraordinária sobre a qual um dia escreverei aqui. Era o único professor presente nos silenciosos corredores daquele prédio, no início da noite de sexta-feira. 

Bem. Alguém tem que trabalhar. Afinal, como sempre diz Germano, nada deve atrapalhar o progresso da ciência. 

Um brinde ao índio astrônomo!

27 comentários:

  1. Bastante interessante como conhecimento histórico.

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    1. Krishnamurti

      Não é apenas o conhecimento histórico que está em jogo. Há principalmente um conhecimento de cosmovisão, algo muito necessário nos dias de hoje.

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  2. Algumas cidades do ES possuem reservas indígenas, nos meus primeiros semestres no CEUNES assisti palestras da professora Márcia Regina Santana Pereira, em algumas dessas palestras ela relatou estudos sobre as constelações indígenas que foram nomeadas por indígenas que moram aqui em ES. Assim, creio que o professor Germano não seja o único nessa área. Lembro que a professora Márcia também relatou a importância em documentar tal informaçao, pois os pajés dás tribos vão morrendo é com eles esse conhecimento.

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    1. Thiago

      Acabo de examinar o Lattes de Márcia Regina Santana Pereira. Ela é colaboradora do site Astronomia Indígena, citado nesta postagem. Mas não tem produção acadêmica na área em questão, além do site. Com o tempo, isso naturalmente pode mudar.

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  3. Agradeço muito por nos apresentá-lo! E não se trata de "conhecimento histórico" - a astronomia de um grupo é reflexo de sua mitologia, e esta de suas "estruturas sociais" (muitas aspas aí), e do que é "importante" para o mesmo. A arqueoastronomia, além de interessante por si e como maneira de observar o paralelismo na construção dos saberes, é ferramenta pertinente para a construção do saber antropológico sobre um povo, e hoje para o resgate de sua autorreferência - ou sua "autoestima", como bem coloca o Prof. Germano.

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    1. Pois é, Anônimo. Para quem não conhece, basta acessar o site Astronomia Indígena. Grato pelo excelente comentário.

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  4. "Foi com Germano que aprendi os modos de pensar de físicos, criaturas que mais se parecem com magos (ou pajés) do que com cientistas. Físicos tradicionais não se preocupam com preciosismos matemáticos. "
    O Mário Schemberg comenta esta peculiaridade dos físicos em seu livro "Pensando a Física". Inclusive, chega a chamar Isaac Newton de bruxo.

    Sebastião.

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    1. Correção.
      Eis o trecho como aparece no livro:

      “Esteve aqui, alguns anos atrás, um professor inglês, Brian Easle, que numa comparação entre Newton e Descartes disse que Descartes não foi capaz de construir a Mecânica porque era um lógico, mas Newton, que era um mágico, conseguiu fazê-lo.
      Se bem que as intuições de Descartes são extremamente importantes, e até a Mecânica Quântica nos fez compreender melhor a originalidade de Descartes.”

      Sebastião

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    2. Sebastião

      Referência sensacional! Este é um ponto importantíssimo. De fato, Isaac Newton era um mago. Ele foi um agente transformador. E é isso o que magos fazem. E é isso que faz falta nos dias de hoje. Vejo muita gente fazendo esforços monumentais para abraçar uma frágil racionalidade, como macacos tentando se agarrar a uma casca de um ovo vazio. É natural que racionalidade é fundamental. Mas, sem magia, não existe racionalidade, assim como o dia não existe sem a noite, assim como a vida não existe sem a morte. Muito obrigado pelo comentário.

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Creio que um mago mais contemporâneo a ser citado é Richard Feynman, cujas contribuições estão calcadas num intuicionismo exuberante. Também li esse livro de Schenbeg, o qual contém uma compilação de palestras proferidas por ele e organizadas por seus colegas da USP. Iniciativas como essa (preservar o legado de nossos pensadores) são raríssimas aqui no Brasil, conforme já abordado neste blog algumas vezes. O oposto ocorre nos EUA, como podemos ver a turma de 1965 do Caltech relembrando, em pleno ano de 2015 , a influência de Feynman e suas famosas lecturas na vidas deles, neste video: https://www.youtube.com/watch?v=S0Q80twy11Q. Uma pena o Brasil possuir poucos magos transformadores e, destes poucos, muitos caem no esquecimento.

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    5. Adonai, e por falar em Newton:

      http://www.kickante.com.br/campanhas/livro-isaac-newton-e-transmutacao-da-alquimia

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    6. Lucas Rehbein, como li esse livro do Schenberg há uns anos, se não me engano trata-se de um curso de história da Física (ou algo do tipo) que ele ministrou numa turma noturna de licenciatura (?) e alguns de seus alunos gravaram e transcreveram.

      Quando e se achar meu exemplar por aqui confirmo.

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  5. Que pessoa extraordinária e que cultura incrível!
    Por esse motivo, Adonai, não podemos perder as esperanças, existem pessoas incríveis com as quais podemos nos surpreender a cada dia.

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    1. Certamente, Mariia. Tenho tentado focar em casos como este.

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  6. Off-topic, no entanto fundamental para entender a realidade brasileira atual:

    http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/cultura/brain-drain-como-culpar-quem-quer-se-mandar-do-brasil/

    P.S: Neste contexto, incluem-se os jovens talentosos que fatalmente abandonarão o barco em levas cada vez maiores (alguém aí lembrou da fuga de cérebros?). Caso o quadro atual se deteriore ainda mais (e tudo indica que sim, vai ficar pior), cenas como esta serão cada vez mais corriqueiras: http://oglobo.globo.com/sociedade/sem-recursos-neurocientista-pensa-em-fechar-laboratorio-sair-do-brasil-16639471

    Não sou pessimista, mas o primeiro passo para buscar a cura da doença é, indubitavelmente, efetuar um diagnóstico preciso. Podemos criar nossos escapismos e entrar em estado de negação, todavia sempre a força da realidade se impõe (de forma mais branda ou mais atroz, vai depender de quanto tempo leva para o doente cair em si e procurar ajuda). Enfrentemos (parte) das nossas fraquezas sem medo, então:

    http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2015/07/1657046-desequilibrio-economico-e-estrutural-e-exige-correcoes-mais-duras.shtml?mobile

    O andarilho

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    1. Veja, O Globo e Folha de São Paulo num único comentário, prevejo mimimi...

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    2. Pois é, meu caro Krishnamurti (notei que és um membro bastante ativo deste espaço), confesso que minha única reação quanto às lamúrias juvenis em relação aos veículos de comunicação supracitados (e, por extensão, todas as estapafúrdias conjecturas feitas por esse tipo de gente — haja paciência monástica!) é um longo e fastidioso bocejo. Ou como bem nos demonstra a sabedoria popular: "O pior cego é aquele que não quer ver".

      O andarilho

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    3. Andarilho

      Você afirma que a força da realidade se impõe. Eu, por exemplo, não tenho tanta certeza assim. Creio que a única realidade que pode acordar este povo é a falta de comida na mesa. Mas, quando isso acontecer, será tarde demais.

      Apesar do comentário de Krishnamurti, considere-se bem-vindo a este fórum. Espero que continue a contribuir por aqui.

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  7. Ué, o que há de errado com o meu comentário?

    Pela resposta que me foi dada ele percebeu que não se tratava duma crítica de forma alguma, muito pelo contrário.

    E sim, para a maioria esmagadora da população só a falta de comida na mesa tem alguma relevância, já chegamos a essa conclusão noutras discussões.

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    1. Krishnamurti

      Insisto que é preciso tomar muito mais cuidado com a postura refratária por antecipação. Não há mimimis em quem quer que seja. Precisamos estar mais receptivos. Caso contrário, manteremos os velhos nichos, sem qualquer interseção entre eles. Não estamos em guerra contra grupos. Estamos em guerra contra certas ideias e práticas. Só isso.

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  8. Qual é o significado da imagem, Professor Adonai?

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    1. Orlando

      O significado de qualquer imagem depende fundamentalmente de quem a vê. Posso responder qual foi a minha intenção com esta. O alfa e o ômega, assim como a parede de tijolos e as janelas definidas por cruzes são uma referência livre ao cristianismo. A flor, visível do ponto de vista de alguém conduzido por sua própria visão a respeito do cristianismo, representa um mundo alienígena mas igualmente belo. No contexto da postagem, a flor corresponde às culturas indígenas. É necessário mudar o ponto de vista para compreender uma cultura desconhecida. Uma vez que as culturas indígenas são afetadas pelas culturas dos homens brancos, precisamos compreender que existem sim cosmovisões distintas no mundo.

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  9. Interessante homenagem ao seu professor orientador, só não compartilho da visão radical contra a Igreja Católica com comentários do tipo "contaminação cristã". O sr. realmente entende a cultura cristã como uma doença contaminosa? Não é conhecedor de toda sua relação com a área do ensino ao longo da História? Não lhe parece esta uma visão reducionista ou simplista demais para assunto tão complexo?
    Claro que é importante preservar a cultura indígena, mas desconfio que a ciência ocidental, indiscutivelmente trazida para cá através dos católicos, se mostrou mais eficaz em desvendar os mistérios da vida (medicina) e do universo (astronomia) do que os pajés indígenas jamais sonharam.
    Neste sentido não acho que a cultura indígena foi morta, até porque o próprio homem branco cuidou de preservá-la, não é mesmo? Mas sim substituída por algo melhor.
    Para refletir, se fossemos visitados (ou mesmo explorados) por seres extra terrestres de cultura mais avançada e se nos fosse dada a chance de aprender ou mesmo absorver sua cultura, recusaríamos?

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    1. Suponho, só suponho, que o "contaminação cristã", não foi usado no sentido de doença, ou seja, de algo destruidor.

      E sim com o sentido figurado, como sendo uma influência.

      Mas posso estar errado...

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    2. Rafael

      O termo "contaminação" não pressupõe necessariamente a identificação de uma doença. A bem da verdade, sou um admirador de vários ensinamentos de Jesus, apesar de não ser cristão. Mas o choque cultural provocado teve e tem impacto o suficiente para ser identificado como uma grave contaminação. Basta ver os resultados. Esta contaminação ocorreu por simples desrespeito a uma cosmovisão diferente daquela defendida pelo homem branco, seja cristã ou não.

      Além disso, é arrogância considerarmos que a cosmovisão cristã ou qualquer outra seja melhor do que uma indígena. Faltam critérios objetivos para quaisquer comparações. As necessidades de povos diferentes não são necessariamente as mesmas.

      Com relação a uma eventual cultura extraterrestre em contato com a nossa, posso especular algo bastante perturbador e que obviamente não lhe ocorreu. E se extraterrestres se comunicassem predominantemente por fórmulas matemáticas que empregam milhares de quantificadores lógicos alternados? Jamais seríamos capazes de entendê-los. Mal conseguimos lidar com quatro quantificadores alternados. Logo, as ideias mais relevantes desses seres hipotéticos seriam muito menos compreensíveis do que o Deus cristão para um índio. Seríamos seres extremamente desinteressantes para eles, do ponto de vista intelectual. E se esses seres fossem sádicos o bastante para tentarem impor suas formas de linguagem sobre nós? Não creio que o resultado fosse construtivo, de nosso ponto de vista.

      Afirmar também que a cultura indígena foi preservada pelo homem branco é algo bastante estranho. Não foi isso o que espanhóis fizeram com as culturas pré-colombianas. Pelo contrário, espanhóis colonizadores destruíram para sempre grande parte dessas culturas. Não há como recuperar este passado. Está realmente morto. E com relação ao Brasil, o trabalho de Germano é realizado de forma bastante isolada e modesta, levando em conta o volume de trabalho ainda a ser realizado.

      Em suma, recomendo menos preocupação com a cultura cristã e maior sintonia com a realidade de múltiplas visões de mundo.

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    3. Krishnamurti tem razão. Não houve radicalismo nesta postagem.

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