sábado, 17 de dezembro de 2011

Por que não sou associado da APUFPR?

É ingenuidade achar que a matemática e a educação brasileira possam ser alavancadas significativamente com iniciativas dirigidas apenas aos que fazem matemática e àqueles que a ensinam. Uma mobilização nacional ampla e permanentemente atuante sobre inúmeros segmentos sociais se faz fundamentalmente estratégica. Se o câncer social está instalado, somente uma ação em rede pode curar a educação nacional. Para ilustrar minhas preocupações, discuto inicialmente sobre dois eventos que vivenciei. 

Em 2010 lecionei uma disciplina para o curso de Ciência da Computação da UFPR. O índice de reprovação, como usualmente acontece em disciplinas de matemática, foi elevado. Isso se deve à dominante combinação de pelo menos dois fatos: (i) a maioria de nossos alunos de hoje não tem a mais remota ideia do que é estudar e (ii) a maioria dos professores de matemática dos ensinos fudamental e médio tem feito um péssimo trabalho educacional. Quando o semestre letivo terminou, o Coordenador do Curso enviou uma reclamação por escrito ao Chefe do Departamento onde estou lotado. Ele demonstrava estar preocupado com o baixo índice de aprovação na disciplina que lecionei. Essa, por si só, foi uma atitude típica de um administrador que não demonstra saber o que é coordenar um curso de graduação. Ele deveria primeiramente conversar comigo e com todos os alunos. Mas decidiu ignorar as primeiras instâncias apropriadas e encaminhou a tal da reclamação diretamente ao Chefe do Departamento, sem jamais ter conversado pessoalmente comigo antes ou depois. Provavelmente foi medo, o que é compreensível. O assunto, claro, morreu muito rapidamente, como também é de se esperar em uma universidade como a UFPR.

A seguir o segundo evento, antes que eu apresente minhas conclusões.

No primeiro semestre de 2011 lecionei Cálculo Diferencial e Integral para uma turma do Curso de Ciências Biológicas. Aquilo sim foi uma experiência notável. A maioria dos alunos da turma era tão agitada quanto crianças de um jardim de infância que são obrigadas a permanecer sentadas contra a vontade. Estava patente que aquele comportamento infantil não tinha raízes em quaisquer más intenções dos alunos. Não encontrei evidências de que eles quisessem intencionalmente sabotar as aulas. Era simplesmente o jeito deles. Um jeito inocente, apesar de intelectualmente destruidor. Eram adolescentes que evidentemente vieram de famílias desestruturadas, ignorando a existência de procedimentos sensatos para uma convivência civilizada. Tentei inúmeros mecanismos para conquistar a atenção deles durante as aulas. Mas as conversas paralelas em uma turma com cerca de oitenta alunos pareciam ser inevitáveis para aqueles jovens desvairados. E tais conversas paralelas durante uma aula interferem de maneira muito negativa sobre os poucos que estavam genuinamente interessados em aprender Cálculo. Foi então que eu tive uma ideia absolutamente nova (pelo menos para mim). Era uma ideia arriscada (no escopo de meus valores pessoais), mas resolvi tentar.

Propus aos alunos o seguinte: "Já que vocês não conseguem ser civilizados, vou comprar essa civilidade. Todos os alunos que fizerem as três provas previstas, mesmo que as entreguem em branco, estão garantidamente aprovados com média final mínima de 50. A única condição que exijo em troca é que não ocorram mais conversas paralelas durante a aula e nem outras formas de tumulto. Não há também obrigação alguma para assistir às aulas, pois jamais faço chamada."

Inicialmente os alunos não acreditaram que um professor da UFPR pudesse fazer uma proposta dessas e muito menos executá-la. Alguns deles ficaram com receio de que eu teria problemas com a Coordenação do Curso, diante de postura tão radical. Mas rapidamente convenci a todos de que eu falava seriamente. Meu principal argumento foi o fato de que a Coordenação do Curso de Ciências Biológicas não parece levar a sério o emprego de Cálculo Diferencial e Integral em Biologia. Afinal, aquele curso estuda apenas um semestre dessa disciplina, com uma incipiente carga semanal de quatro horas, e sem qualquer diálogo institucionalizado com professores de biologia. Mas a verdade é que eu sei exatamente o que pode provocar problemas reais para um docente da UFPR: praticamente nada. 

Finalmente conquistando a confiança dos alunos, apliquei um processo de seleção natural sobre os futuros biólogos. Apenas uma minoria comparecia às aulas regulares, após o pacto. E estes assíduos estudantes tinham um comportamento quase exemplar. Tive poucos problemas com eles. 

Nos dias de prova praticamente todos os matriculados compareciam. A maioria apenas assinava a folha de questões e a lista de presença, retirando-se em seguida. Mas aquela minoria que comparecia regularmente às aulas tentava efetivamente responder às questões em cada uma das três avaliações que apliquei.

O resultado foi a aprovação em massa na turma. Foram reprovados apenas aqueles que não compareceram às provas, incluindo as de segunda-chamada que eu disponibilizei para todos os que deixaram de fazer alguma das avaliações. Mesmo assim o índice de aprovação foi acima de 90%. 

Curiosamente não ouvi uma única palavra da Coordenação de Ciências Biológicas. Esperei durante meses por qualquer pronunciamento. Por isso não postei essas informações há mais tempo. Ofereci uma chance para que a universidade demonstrasse algum compromisso sério com ensino. E nada aconteceu. Ora, se a Coordenação de Ciência da Computação percebeu alguma irregularidade em um elevado índice de reprovação, por que a Coordenação de Ciências Biológicas não consegue perceber irregularidade alguma em um índice de aprovação que está em completo desacordo com a realidade do ensino de matemática? Não considero honestamente possível um índice de aprovação de 90% em Cálculo Diferencial e Integral para calouros da UFPR nos cursos de Ciências Biológicas, Ciência da Computação, Estatística, Física e Matemática (os cursos que conheci de perto).

Levando em conta estes e inúmeros outros exemplos que presenciei durante mais de vinte anos como docente da UFPR, o que percebo acontecer é o seguinte:

1) Coordenações de cursos de graduação não querem represar alunos reprovados, pois isso demanda o pedido de novas turmas em departamentos que contam com poucos professores.

2) O pornográfico REUNI do Governo Federal ofereceu dinheiro fácil para universidades públicas, desde que elas assumissem o compromisso de elevar seus índices de conclusão de curso para 90%.

3) Os alunos (que universidades como a UFPR têm absorvido em seus quadros) percebem a farsa acadêmica vivida nos dias de hoje. Soma-se a isso o fato de que muitos deles (talvez a maioria) é inadequada para um ambiente universitário sério, e temos então a combinação perfeita para a futura falência total do ensino superior brasileiro.

Não é por acaso que inúmeros países desenvolvidos não reconhecem nossos diplomas de graduação. Isso porque praticamente não há cursos de graduação no Brasil.

O que realmente desejo salientar é que não há conspiração alguma contra a educação em nosso país, pois conspirações são organizadas. Não vivemos mais uma ditadura militar da qual uns poucos se rebelaram décadas atrás. Mas vivemos uma ditadura do comodismo e da absoluta falta de empatia para com a realidade do mundo. O que se desenvolve no seio da vida acadêmica de nosso Brasil é o resultado de ingenuidade perene, pura inocência, tanto de alunos quanto de professores e dirigentes. Nossa vida acadêmica parece dirigida por crianças de um jardim de infância. Não existe massa crítica articulada na vida universitária do país que perceba a farsa que hoje vivemos e que efetivamente faça algo a respeito. Sobre isso remeto à postagem Newton é brasileiro. E daí?

Para concluir minhas evidências anedóticas, encerro com um exemplo mais marcante, vindo de uma bizarra coletividade de professores da UFPR. 

Verba volant, scripta manent, vamos a uma evidência impressa. 


A edição de novembro de 2011 do Jornal Mural da APUFPR-SSIND (Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná/Seção Sindical do Andes-Sindicato Nacional) ilustra claramente a farsa acadêmica hoje vivida. 

Em uma folha grande, impressa em apenas um lado (afinal é um cartaz, pois podemos continuar desperdiçando papel!), esse jornal defende na forma de quadrinhos (sim, quadrinhos! QUADRINHOS!) a importância sobre o limite de 12 horas/aulas por semana para professores com contrato de 40 horas e de Dedicação Exclusiva. O fato de redator e revisor do jornal não saberem conjugar o verbo "orientar" não incomoda tanto. O fato de redator e revisor não saberem que 2:30 PM é um horário do período da tarde e não da madrugada (como dramaticamente sugerem!) também não incomoda tanto. Mas a planilha de Plano Individual de Trabalho para docentes que essa publicação exibe para fins ilustrativos é algo que realmente desanima. Consta lá o seguinte (se o leitor não entender o segundo item, não se assuste; eu também não entendi):

- Aulas - graduação e pós      20 horas
- Preparação/correção de aulas/provas/trabalhos  20 horas
...
- Pesquisa     4 horas
...

Foi o item Pesquisa que me despertou atenção. Como levar a sério um professor universitário que afirma dedicar quatro horas semanais para pesquisa? Que espécie de pesquisa é essa? Se o professor não faz pesquisa alguma, que escreva "eu não faço pesquisa, pô!". Mas se este docente tem a intenção de que alguém civilizado e sensato acredite que ele faça pesquisa, quatro horas semanais é uma piada de muito mal gosto. Não se escreve esse tipo de coisa, professores! Isso demonstra para toda a comunidade acadêmica que nem mesmo a APUFPR (representante da UFPR nos ridículos movimentos de greve!) tem a mais remota ideia do que é uma universidade, pois a APUFPR simplesmente não sabe o que é pesquisa. E se não sabem o que é pesquisa, 12 horas/aula por semana é pouco. Órgãos como a APUFPR parecem implorar ao Brasil para não serem levados a sério por quem efetivamente deveria.

Ou seja, finalmente respondo à questão do título da postagem: porque eu teria vergonha de dizer que a APUFPR me representa, assim como começo a sentir vergonha de dizer que sou professor da UFPR.
____________________

Nota de 26/12/2014: Para conhecer uma das consequências desta postagem, clique aqui. Para uma discussão mais detalhada sobre a APUFPR clique aqui.

57 comentários:

  1. Mas ai fica a pergunta, e para aqueles que tem de trabalhar e durante a noite frequentar pesadas aulas de Calculo, algebra etc?
    Eu acho que finalmente a universidade comecou a observar isso.

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  2. Uma coisa que percebe-se é que a APUFPR sabe a situação da educação superior no Brasil, pois tomou o cuidado de apresentar o cartaz na forma de quadrinhos...

    E 4 horas de pesquisa... Piada é apelido!

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  3. Anônimo


    Não entendi sua colocação.

    Especificamente, quando vc pergunta: "e para aqueles que tem de trabalhar e durante a noite frequentar pesadas aulas de Cálculo, Álgebra, etc?"

    Bom, não sou biólogo, mas sem fazer esforço já é possível notar a importância de Cálculo, Álgebra e afins no curso de Biologia, bem como em todo e qualquer curso relacionado com Ciências da Natureza.

    Cito alguns exemplos disso:

    1) Em Microbiologia, sabe-se que o crescimento de certas culturas de bactérias e outros microorganismos obedece a um padrão de desenvolvimento exponencial;

    2) Em Zoologia, ao estudar o comportamento de determinadas espécies animais, o meio em que vivem e a relação predador/presa, podem ocorrer variações na quantidade de indivíduos de determinada espécie em função de fatores naturais, bem como variações de outras quantidades estudadas.

    No Cálculo, uma das melhores ferramentas para descrever taxas de variação são justamente as derivadas.

    3) Em Biofísica e Biomecânica, além do Cálculo, vc precisará saber Álgebra se quiser bem descrever as relações de movimento relativo, deslocamento e funcionamento dos membros de animais ou, quem sabe, a influência de fatores físicos naturais que contribuem, digamos, para o transporte de pólen de uma planta para a outra, em Botânica.

    Isto talvez permita criar um método para quantificar a contribuição dos ventos para a polinização de uma planta e quanto os insetos contribuem para isso, sem ficar naquele lero-lero qualitativo-descritivo de que um contribui mais ou menos que o outro.

    A questão é: o quanto mais um contribui em relação ao outro?????

    Então, essas são possíveis aplicações que imagino na Biologia, apesar de não ser biólogo!!!!!!

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  4. Respeito muito a iniciativa de discutir os problemas pedagógicos da UFPR, seria muito bom ver mais docentes expondo suas opiniões. Mas não concordo com a justificativa do título da postagem. A crítica é coerente e embasa muito bem o descontentamento com o sindicato, mas na minha opinião não justifica o ato de abdicar da participação. Não seria mais construtivo participar como oposição ou até mesmo situação?

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  5. Caro Anônimo

    Lamentavelmente cursos noturnos não viabilizam o convívio acadêmico necessário em uma universidade de boa qualidade. Universidade é muito mais do que sentar em uma carteira e assistir aulas após um exaustivo dia de trabalho. Universidades boas são repletas de atividades extra-curriculares. Se a universidade tivesse observado aqueles que precisam trabalhar enquanto estudam, ela não teria oferecido mais cursos noturnos. Ela teria oferecido mais bolsas de estudo para que mais pessoas pudessem estudar em boas condições. É disso que estou cansado: da satisfação do povo com migalhas. O Brasil pode mais do que isso.

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  6. Oi, Augusto

    Entendo sua crítica. Mas o fato é que já vi de perto, em inúmeras ocasiões, como funciona a política na universidade. E lamentavelmente garanto uma coisa: não consigo ser político. É uma grave limitação minha, confesso. Já fui chefe de departamento e vice-coordenador de curso. Também participei de muitas comissões de sindicância e disciplinares, entre outras. Até recebi voto de louvor da Pró-Reitoria de Planejamento. E também já fui convidado para me candidatar à Direção do Setor de Ciências Exatas. Foi um grupo de pesquisadores que fez o convite. Mas não consigo mais me envolver em entraves políticos. Faz mal para a minha saúde. Além disso, pesa o fato de que universidades federais não contam com a autonomia anunciada pelo Governo. A estrutura administrativa das instituições públicas de ensino é muito engessada. Por isso mesmo batalho em outras frentes, para tentar expor as universidades para além de suas minúsculas fronteiras. Vendi um roteiro de cinema sobre nosso sistema de ensino superior para um famoso diretor. No momento, o problema é que ele está envolvido em uma produção nos EUA. Mas como esse diretor é um raro exemplo de pessoa educada e com sérias preocupações sociais, ainda conto com ele para a efetiva produção deste filme em algum futuro ainda não determinado. Enquanto isso não acontece, vou usando os meios que estão ao meu alcance.

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  7. Ola professor, em 2005 iniciei minha graduação, meu período era o noturno, pois tinha que trabalhar durante o dia, e concordo contigo que para uma universidade ser levada a sério ela deve propiciar muito mais que as aulas que eram ofertadas a nós, e vou além os alunos devem é cobrar e usar tudo que é ofertado... Por ter de trabalhar o dia todo, e apesar de ter passado na maioria das matérias percebi já no primeiro ano que o que eu queria da universidade (conhecimento) não estava "ganhando" ou melhor conquistando, afinal o tempo para estudo era muito pouco...Assim tranquei minha matricula. Agora ja no quarto ano de geografia na UFPR(e não tendo a necessidade de trabalhar) percebo que - apesar de existirem professores "falcatruas" consegui progredir bastante, ou seja, consigo agora fazer criticas e entender melhor todo o sistema político-economico-social-natural e perceber as deficiências da educação, existe sim uma grande falcatrua no ensino... infelizmente... E temos mesmo é que abrir a boca e mostrar! Esta história de fazer de conta que ensina e fazer de conta que aprende tem que terminar! Percebo que os professores que dedicam muito mais que 4 horas em suas pesquisas são muito mais competentes que outros...isto sem dúvidas...Entretanto estes ótimos professores - se não tomarem uma postura "política" são muito criticados, pois "cobram de mais"!!! Acontecem coisas que eu não consigo entender?!?!? A uns dois finais de semana teve a final do futebol, lembram? Terça feira teríamos uma prova (com muita matéria e de grau de dificuldade elevado) passei o final de semana lendo, lendo e lendo... alguns materiais eram online, e enquanto eu estava estudando, tive de desligar a atualização do Face Book pois o pessoal da minha turma não parava de postar bobagens referente ao jogo?!?!?!? Ao jogo?!?!!? Onde estamos?!?!?!? Obviamente somente alguns alunos alcançaram média nesta matéria (4 somente) e o pior, na divulgação das notas adivinhem... a culpa das notas baixas era de quem??? Claro do professor!!!

    PALHAÇADA!!!


    E parabéns! Não te conheço mais adorei seu texto!!!

    Amanda Araujo

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  8. ja cursei matemática e faço física atualmente....poderia ter cursado uma engenharia, pois as minhas notas no vestibular sempre foram expressivas....A única coisa que é realmente relevante nessa história é que se estou na universidade é para aprender aquilo que propus ao entrar na minha respectiva graduação..se trabalho durante o dia ou se fiz um ensino médio redículo numa escola pública da periferia o problema é meu e do contexto social em que vivo. A única coisa que quero é chegar ao final do meu curso e dizer: posso ser um físico!!!!!!! não olhar para trás e dizer não aprendi o suficiente e esse diploma não é algo significativo. Quero universidade não escolão...

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  9. Adonai

    você coordenava o Núcleo de Concursos da UFPR ou era outro Adonai?
    abraços

    Carlos Augusto

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  10. Prezado professor Adonai,

    Concordo com algumas de suas críticas à educação superior brasileira, bem como com o projeto político que a ela se liga. Não concordo, contudo, com a solução "particular" de restringir o acesso apenas àqueles "adequados para um ambiente universitário" - já que nossa sociedade não se estrutura "adequadamente" para propiciar "ambientes acadêmicos adequados". Ainda assim, creio que sua crítica não merece ser desprezada, já que apresenta importantes elementos de quem vivencia a educação superior em nosso país.

    Quero, entretanto, fazer justiça ao jornal mural da APUFPR (técnica de comunicação rápida que, inteligentemente, utilizou a forma de linguagem em quadrinhos, ainda que esta não seja a única forma de comunicação envidada pela APUFPR), citado em sua postagem, uma vez que sua interpretação me pareceu, surpreendentemente, estranha. Tudo bem, houve erro na digitação do verbo orientar e no conhecimento da cultura anglófona; agora, no que concerne ao "plano individual de trabalho" jocosamente apresentado, trata-se justamente de acentuar a dificuldade do desenvolvimento de pesquisas, assim como de outras atividades, quando a carga horária de sala de aula é excessivamente elevada. Desse modo, houve uma tentativa de comunicação entre o sindicato e os professores representados por ele - estejam ou não associados a ele! - e, sem dúvida, colocar "4 horas" ao invés de "zero" não é desconhecimento quanto ao quefazer de um pesquisador universitário, mas antes um reconhecimento de que nossos docentes tentam pesquisar (inclusive, é uma obrigação institucional, sem a qual não se pode, por exemplo, ascender na carreira), ainda que a visão "aulista" da administração educacional não permita a plena efetivação de tal quefazer. No mais, o PIT que finaliza os quadrinhos do jornal é uma crítica à demagogia institucional que obriga os professores à pesquisa (obrigação mais do que justa, ressalto!), exigindo de muitos deles, ao mesmo tempo, cargas horárias de sala de aula incompatíveis.

    Respeitosamente

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  11. Ah, sim, a título de esclarecimento, segue o elo para a edição discutida do jornal moral da APUFPR: http://www.apufpr.org.br/images/stories/Jornal_Mural/jornal%20mural%206.pdf

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  12. Professor já fui seu aluno na disciplina de complementos da Matemática e quero deixar registrado que minhas impressões sobre a UFPR mudaram muito quando comecei a estudar nesta universidade. Não posso generalizar esta impressão pois sei que muitos professores cumprem (ou tentam cumprir) seu dever com dignidade.Mas que fique registrado meu apoio e meu profundo respeito por sua atitude.

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  13. Caro colega Adonai

    Ao que parece você não entendeu a proposta da publicação. Também acho que a greve perdeu muito do seu potencial, por diversos fatores que não cabem aqui nesta discussão. Mas acho que o essencial do conteúdo está justamente em mostrar a inviabilidade para, com as condições atuais de trabalho na universidade, sermos capazes de realizar nosso trabalho em sua plenitude. Espero realmente não acreditar que sua opinião seja contrária à proposta de redução do limite de horas-aula na UFPR, legalmente de 20h para 12h. Quem dera pudéssemos nos dedicar a maior parte do nosso tempo para a pesquisa. Ao menos não é essa a minha realidade, nem a de muitos dos meus colegas.
    Pelo que tenho acompanhado a APUFPR tem utilizado diversas formas de comunicação com os professores da UFPR, como há muito tempo não se via. Tenho acompanhado inclusive a TV APUFPR, e acho inovadora a ideia. Outra coisa, você tem progredido em sua carreira com facilidade? Ou já teve algum problema ou atraso devido a questões burocráticas. Meu último processo ficou represado quase um ano. Agora, pelas informações que tenho recebido, parece que isso vai mudar. Portanto mesmo não fazendo parte de nenhum movimento político, e não querendo me envolver diretamente com isso, acho que as pessoas que estão conduzindo o sindicato estão fazendo um bom trabalho.
    Abraços
    Edson

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  14. Adonai

    Um de seus projetos cinematográficos diz respeito a uma crítica das universidades federais. E o outro?????

    Estes filmes ainda estão para serem produzidos?????

    Existem estimativas de quando, mais ou menos, seriam estas estreias?????

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  15. Caro Colega,
    um homem crítico como você, deveria preocupar-se antes de uma exposição como essa com dois aspectos fundamentais:
    Ética - você não demonstrou cuidado/ respeito ao situar suas dificuldades em exercer seu oficio, quando expôs a "turma de alunos" o " departamentos" os " cursos" e " sindicato". Para uma pessoa exata vou explicar: expôs pessoas. Seu raciocionio lógico foi muito falho, para quem ensina calculo, é preciso rever sua calculadora e principalmente seu qualificador de docente: ensinar para além dos numeros, se é que me entende. Você não demonstrou cuidado, zelo e sobretudo respeito ao expor-se. Com essa atitude caro colega, você generalizou todos os docentes da UFPR ao seu modus operantis de funcionar.
    Protagonismo: voce pensa, voce atua, logo, voce transforma. Algo nao está indo bem. Não se coloque no papel de vítima. Isso não lhe cai bem. Não justifique-se no papel do outro, isso nao me parece que combina com voce.
    Uma lástima seu post.

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  18. Ao colega de cima

    Concordo contigo no que diz respeito à Ética.

    Talvez o texto pudesse ter sido escrito sem qualificar os "personagens" da história.

    Entretanto, não devemos também diminuir a importância do texto a zero só porque ele peca no quesito "Ética".

    Apesar de falhar nisso, algumas verdades são reveladas e merecem ser ditas e divulgadas. E isso, em tese, não viola nenhum padrão ético, já que não qualifica pessoas em específico, mas sim, aponta falhas em instituições.

    Até porque, se fosse eticamente proibido criticar instituições e até mesmo departamentos, deveríamos todos ficar calados e fazer de conta que tais problemas e dificuldades não existem.

    E isso, ao meu ver, é muitíssimo pior do que violar um ou outro padrão ético!!!!!!

    Não estou querendo, com isso, minimizar ou anular a importância da Ética na Universidade e na Sociedade, pelo contrário.

    Quero dizer que existem muitos outros aspectos muitíssimo mais relevantes do que padrões estéticos por vezes arbitrários e que merecem muito mais atenção do que estes padrões estéticos.

    Não adianta, por exemplo, seguir a Ética à risca se a Educação e os profissionais formados acabam por ser mal formados, ruins e nada atuantes, com trabalhos até mesmo irrelevantes!!!!!!

    Até porque, Ética pela Ética, o mau ensino e a má disposição de professores para formar futuros profissionais também não deixa de ser uma baita falta de Ética!!!!!!

    E esta falta de Ética de alguns professores das universidades que praticamente se lixam para a formação de seus alunos é muitíssimo pior do que simplesmente expôr esse ou aquele grupo, pois acaba por ser um desrespeito para com a própria Sociedade, e não apenas com um determinado grupo de pessoas!!!!!

    Volto a dizer: entendo e até concordo contigo que o texto do Adonai poderia, de repente, ser mais cuidadoso. Mas daí a desmerecer completamente o que ele escreveu, me parece igualmente ilógico!!!!!!

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  21. Professor Adonai, apoio tudo o que foi falado.

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  23. Lembro-me bem da disciplina ministrada pelo magister Adonai em 2010, e se bem recordo, o índice de reprovação foi elevado não por ser uma disciplina de matemática, e sim pelo fato do professor não saber passar o conhecimento. A aula era fraca e não instigava atenção.
    Com o perdão da palavra, mas eu acho que o Sr. deveria rever seus conceitos, pois lecionar não é a sua área.

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  24. Caros

    Tentarei sintetizar minhas respostas aos últimos comentários. Alguns foram apagados por conterem vocabulário chulo, ataques pessoais ou textos incompreensíveis de anônimos.

    A Amanda Araújo complementou algumas de minhas preocupações. Agradeço.

    Carlos Augusto. Não, jamais coordenei o Núcleo de Concursos.

    Ricardo Prestes Pazello. O primeiro parágrafo de seu primeiro comentário é evidentemente interessante. Demonstra uma rara preocupação madura. Quanto à sua interpretação das quatro horas semanais no Jornal Mural da APUFPR, a considero mal qualificada. Se o objetivo da APUFPR era um "reconhecimento de que nossos docentes tentam pesquisar", então certamente foi muito mal colocado. Basta comparar com os dados sobre carga horária dedicada a aulas. Tenha em mente que o que interessa não é aquilo que se pretende dizer, mas o que efetivamente se diz.

    Edson. Se o sindicato faz coisas boas, ótimo. Porém, que tal a promoção de crítica séria sobre os erros graves não apenas do sindicato, mas da UFPR, das universidades públicas e privadas, do sistema de ensino nacional? Convido-o a ler as demais postagens deste blog. Fiz e faço muitas críticas e também sugestões. Mas o que chama atenção é apenas a APUFPR? Pisei no pé de quem não devia?

    Leandro. Discutirei sobre os projetos cinematográficos quando for oportuno. Peço paciência.

    Anônimo que julga conhecer ética. Hilário! Uma postagem anônima sobre ética. Postura um tanto covarde, mas tudo bem. Respondo assim mesmo. Arquitetos têm código de ética. Médicos têm código de ética. Corretores de imóveis têm código de ética. Mas professores não têm código de ética algum. Na ausência de códigos de ética entre professores e matemáticos, vejo-me na obrigação de apontar os graves erros entre profissionais desprovidos de auto-crítica e que escondem seus atos destrutivos da sociedade em geral. Assim como você precisa melhorar seu latim, sua noção de ética também precisa de uma revisão que vá além de crenças pessoais ou superstições.

    Leandro: realmente eu poderia escrever textos mais tangenciais, evitando a exposição de pessoas e instituições. Mas então o mesmo comentário poderia ser feito em relação à imprensa. Revistas como a Veja não deveriam denunciar as falcatruas de Brasília. Afinal, senado e câmara de deputados são nomes e instituições que devem ser mantidos sob o silencioso manto do respeito.

    Mas o que mais me perturbou aqui foi a reação fervorosa e mal educada de alguns sobre este tópico. Por que os erros graves do ensino de matemática não perturbam com a mesma intensidade? Só vejo uma resposta. Porque a maioria simplesmente não se importa. Educação é algo que não interessa à maioria. E isso é realmente uma pena.

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  25. Vejam o exemplo do comentário do Marcao. Não gosto do que ele escreve, mas não vejo motivo algum para apagar o texto. Apesar de ele não avaliar mérito algum, mas tão somente expressar uma opinião pessoal, o texto está bem escrito. Em nenhum momento ele usa vocabulário inadequado ou desrespeita pessoa alguma. Ou seja, antes de postarem seus comentários por aqui, peço que pensem com cuidado. Não me importo com críticas aos meus textos, mesmo que sejam mal qualificadas. Mas me importo com falta de civilidade.

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  27. Adonai

    Tem razão.

    A maioria infelizmente não se importa não só com o ensino de Matemática, mas também de Filosofia, Lógica, Ciências Naturais, etc.

    Um professor que tive na faculdade costumava dizer que era extremamente irônico o que acontecia quando surgiam problemas relacionados ao ensino em geral.

    Ele usava uma metáfora dizendo que se o problema "estava localizado no centro", as pessoas abordavam o problema em questão "pelo norte", "pelo sul", "pelo leste", "pelo oeste", por todos os "pontos colaterais", "andando em círculos", mas não "atacavam" o problema "onde deveria", ou seja, "no centro".

    É justamente o que tenho percebido em algumas respostas que surgiram acerca do seu texto.

    Comentam sobre detalhes disso e daquilo (que nada contribuem para o problema maior em si), falam de ética sem fazer uma análise profunda de suas próprias atitudes e sem levar em conta que isso é irrelevante para o que está em pauta aqui, ou seja, fazem tudo, menos "atacar o centro" do problema.

    Também acho uma pena perderem tempo indo por esse caminho!!!!!!

    Só me senti na liberdade de comentar o post do colega que abordou esse assunto, com o intuito de mostrá-lo a irrelevância disso frente ao que está em pauta.

    De modo algum isto deve ser interpretado como uma crítica em relação a vc ou ao seu texto!!!!!

    Tanto que, no que me diz respeito, eu sequer tocaria neste assunto de ética, pois meu objetivo aqui no blog, bem como conversar contigo e debater assuntos é justamente o de aprender mais, me aprimorar, fazer uma auto-avaliação, uma auto-crítica e minimizar ou acabar com preconceitos matemáticos desenvolvido ao longo dos anos.

    E a melhor maneira de realizar isso é por meio de leituras e conversas "nuas e cruas", sem se preocupar com detalhes pífios e sem importância, dado este contexto e este objetivo.

    Neste sentido, nada melhor do que ser transparente, como vc vem sendo ao escrever seus posts!!!!!

    Extremamente anti-ético seria se vc não estivesse sendo transparente em suas colocações. E este certamente não é o caso!!!!!

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  28. Sua conduta é impecável e seu trabalho é perfeito e intocável. Parabéns.

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  29. Adonai
    não abordei o restante do conteúdo porque concordo com diversas observações colocadas por você em relação aos problemas da universidade. Mas a questão que me incomodou em relação à APUFPR está explícita por você mesmo no título do post. Você não é filiado à APUFPR, portanto provavelmente não tem acompanhado todo o debate que o sindicato vem fazendo nos últimos tempos. Por isso acredito que você só tenha lido o tal Jornal Mural, que provavelmente estava expostos em algum mural que você passou. E, olhe, você criticou o tipo de publicação mas foi justamente a que te chamou a atenção: quadrinhos! (nem vamos entrar no mérito dos motivos que chamaram sua atenção). Caso você tivesse acompanhando, veria as críticas profundas e fundamentadas que a APUFPR tem feito em relação ao que estão fazendo com o ensino público brasileiro, e também em relação ao estado cada vez mais degradante em que se encontra a UFPR. Como já disse não participo de movimento nenhum, nem tenho nenhuma proximidade com a APUFPR, mas pelo menos tenho acompanhado e vejo o que tem feito pela universidade. Tenho minhas críticas, mas as faço conhecendo as circunstâncias, e não no vazio. Aí sim tenho base para criticar algo, sem ter que desqualificar o todo por questões pontuais (até porque a estratégia de desqualificar, por exemplo, utilizando-se de erros de digitação, dá a aparência de esvaziamento da crítica, ou de falta de conteúdo mais profundo, e creio que não seja este o seu caso).
    abraços

    Edson

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  30. No momento em que a ética passa a representar a impossibilidade de sequer nomear grupos (nem indivíduos) quando eles erram, ela passa a ser simplesmente uma máscara para os idiotas.

    Muito bom o texto, professor Adonai. Como aluno (sim, aluno) da UFSC posso dizer que replicar sua postura seria uma ótima atitude da parte de todos os envolvidos com o ensino público superior do Brasil.

    E àqueles que acreditam que por estudarem após um longo dia de trabalho devem ser agraciados com disciplinas tranquilas e provas fáceis, ou com garantias de aprovação: Em que espécie de mundo vocês vivem? Por que eu definitivamente não quero estar lá.

    Tarcísio

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  31. Oi, Edson

    Acho que você ainda não entendeu meu argumento. A questão principal das universidades federais é a falta de auto-crítica. O exemplo da APUFPR foi apenas um deles. Mas na própria postagem há mais exemplos. E em outras postagens anteriores há mais exemplos ainda. E apresentarei cada vez mais exemplos, até o momento em que algum grupo importante faça algo a respeito. Fiz denúncias muito mais graves do que aquelas sobre a pouco interessante APUFPR. Mostrei em diversos textos daqui que conteúdos básicos de matemática têm sido lecionados de forma absolutamente equivocada, mentirosa mesmo. E isso acontece em todos os níveis escolares. Mas é só no calo da APUFPR que coisa dói? Por que? Isso me parece reflexo de interesses pessoais. Além disso, não consigo ver seriedade e profundidade na APUFPR, cuja principal missão é defender os interesses de professores da instituição. Eu não quero defender interesses de professor algum. Eu quero uma educação melhor para o país. Só isso. E educação é algo sério demais para ficar nas mãos de professores. Cito um exemplo bem simples: jamais um órgão como a APUFPR defenderia o fim da estabilidade na carreira dos docentes. No entanto, esta é uma pauta fundamental para o bem comum. Não há espaço para competitividade onde existe estabilidade. Ou você acha que é mera coincidência o Brasil ter um dos piores desempenhos escolares do planeta?

    A primeira impressão que tenho a partir de seu comentário, Edson, é de honestidade, apesar de um tanto ingênua. Mas já que você fala de questões pontuais, que tal olhar os demais textos do blog?

    Já acompanhei muita coisa deste movimento sindical e eu mesmo já defendi a APUFPR, anos atrás, em um intenso debate com o editor chefe do Jornal Nacional, da Rede Globo. Mas os problemas da educação brasileira vão muito além do umbigo de um sindicato.

    Não foi apenas a APUFPR que deixei de dissecar detalhadamente. Cada tópico aqui abordado, em cada texto, é pontual. O que tento fazer aqui é apontar falhas graves e trazer sugestões. Se quiser que eu aponte mais falhas graves da APUFPR, certamente posso fazê-lo. Mas, se você olhar a diversidade dos textos, perceberá que não é este o meu propósito. Meu objetivo é colocar sobre a mesa temas que não vejo sendo discutidos, mas que julgo merecerem atenção. E parece-me óbvio que a postagem sobre a APUFPR merece atenção. Se não fosse o caso, não haveria tantas visitas ao blog e nem tantos comentários aqui e em outros sites, como

    http://sinceridadeecoisaseria.blogspot.com/2011/12/esse-e-um-texto-de-adonai-santanna.html

    Precisamos admitir, Edson, que as universidades federais não estão nada bem. E grande parte da responsabilidade está sobre os ombros dos próprios professores. O Governo Federal não é o único vilão. Até mesmo os alunos e as famílias de nossos alunos têm responsabilidade sobre o fracasso de nossa educação. E em alguma postagem futura mostrarei como até mesmo o crime organizado contribui para este quadro. Isso porque venho acompanhando pessoalmente inúmeros setores da sociedade, em diversas regiões do país, incluindo o mundo do crime.

    Ou seja, o problema é muito mais profundo do que uma crítica a um cartaz da APUFPR.

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  32. Comentários criticos são excluidos pq ?

    só deixa os de Parabéns?

    Sergio

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  33. Tarcísio

    Também não precisamos radicalizar no sentido oposto e simplesmente mandar a Ética "para as cucuias".

    Com isso, eu quero dizer que, provavelmente, deve haver um ponto de equilíbrio no qual seja possível manter determinados padrões éticos numa sessão de debates, argumentações, etc, e simultaneamente, ser o mais transparente possível, bem como "dar nome aos bois" de um modo mais sutil, discreto!!!!!!!

    Ética e transparência não precisam ser mutuamente excludentes!!!!!

    Usando a dose certa de equilíbrio com pitadas de sutileza, é possível "passar o recado"!!!!!

    Até porque, se queremos ser ouvidos pela Sociedade, isto é de fundamental importância para que ela nos dê atenção!!!!!

    Infelizmente, a Sociedade não possui o discernimento lógico suficiente para perceber que, por detrás de discussões e comentários "enérgicos", podem ser ditas muitas verdades acerca de determinado assunto!!!!!!

    Para grande parte das pessoas, se vc fala, age ou faz algo de modo "enérgico" e, por vezes, "agressivo", vc simplesmente já perdeu a razão e não merece ser ouvido!!!!!

    Se queremos mudar isso, talvez a melhor estratégia seja "entrar menos enérgico" e ir "minando o terreno aos poucos", buscando o esclarecimento e doutrinação da Sociedade!!!!!

    Certa vez, perguntei para a minha psicóloga o porquê das pessoas em geral simplesmente rejeitarem por completo comentários mais diretos e incisivos do que aqueles mais sutis, porém igualmente críticos.

    Ela me disse que é por causa do afeto, uma vez que, infelizmente, a maioria das pessoas não consegue separar as questões afetivas do lado racional, misturando-os irracionalmente!!!!!

    É por isso que, ao tecer comentários "menos afetivos", as pessoas indiretamente estariam associando, erroneamente, isto ao aspecto intelectual!!!!!!

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  34. Sou professora universitária e confesso que tenho vergonha d emuitas coisas que faço. Se cometo algum erro deliberadamente ? não! Se sou displicente com os alunos? não. mas sei que na minha ingenuidade e na falta de total consciência cometo erros sim! Concordo com o professor Adonai que não devemos deixar de citar (não nomes, pois ele não o fez aqui) mas departamentos, instituições, etc. O problema do mundo é o medo de críticas. Ora, percebe-se que não é o caso do professor. Ouvindo críticas é que temos a possibilidade de corrigir problemas. A educação é um assunto levado de forma MUITO séria pelo professor. Pena que não sou da área de matemática, pois saberia aproveitar muito mais os ensinamentos e ideias do professor. Mas aproveito a parte que me toca. No mais, apenas para mostrar como a sociedade é hipócrita, relembro a fala do juiz (quem viu o Jornal nacional sabe do que estou falando)que disse que os que os juízes fazem de errado deve ser corrigido com "discrição" - palavra dele!!! Discrição?? Comte-se erros, deve-se alertar com "nomes aos bois"!

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  35. É ótimo ver que existem professores dentro da UFPR conscientes do atual quadro de sucateamento do ensino superior.

    Infelizmente, prof. Adonai, isso não acontece apenas nas Exatas. Formei-me em Geografia e vivenciei algumas experiências similares, onde há total desinteresse no conhecimento - vezes pelos alunos, vezes pelos professores.

    E essa história de REUNI é um aborto completo da educação. E a pior das verdades é que a mesma política já ocorre nos Ensinos Fundamental e Médio há um BOM tempo, onde nos Conselhos de Classe alunos semi-analfabetos são empurrados para a série seguinte, a fim de atingir as metas de aprovação e não perder a verba.

    Daí a gente depreende por que a educação brasileira corre ladeira abaixo.

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  36. Oi, Sergio

    Eu somente excluí o comentários que fizeram uso de vocabulário chulo. Não tolero esse tipo de atitude. Por isso mesmo agora estou moderando aquilo que é publicado por aqui.

    Leandro,

    Concordo com suas observações sobre o comentário de Tarcísio. Ética não se trata de mecanismo de proteção contra profissionais incompetentes ou que cometem atitudes ilícitas. Uma vez estabelecido um código de ética, ele certamente deve evitar que profissionais ruins tenham seus nomes tornados públicos por ações que não foram julgadas em fórum competente. Mas como não estou sujeito a código algum de ética, dada a minha formação profissional, sigo como parâmetro apenas aquilo que considero o correto.

    Não considero minhas postagens agressivas. Pelas coisas que sei dos bastidores da universidade (incluindo documentos que tenho em mãos), eu poderia ser realmente agressivo, citando nomes, datas e ações com precisão. Mas não farei isso, porque não estou interessado em perseguir pessoas.

    Susan,

    Essa humildade de sua parte é um ingrediente fundamental na busca por uma educação de qualidade.

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  37. Susan

    Repare que eu só passei a abordar o assunto envolvendo ética quando alguém, lá em cima, teceu um comentário relativamente injusto ao texto do Adonai com um aparente objetivo de desqualificar toda a crítica feita no texto usando aquilo que ele entende por ética!!!!!

    No que dependesse única e exclusivamente de mim, este assunto sequer teria surgido e estaríamos aqui debatendo única e exclusivamente o conteúdo do texto do Adonai.

    Também estou interessado em aprender mais e procuro prestar o máximo possível de atenção em outros textos do blog, se vc for verificar!!!!!!

    Acontece que sempre aparecem pessoas que, ao invés de aproveitar o que há de melhor a ser extraído dos textos, optam por simplesmente usar de subterfúgios que pouco ou nada contribuem para o que está em pauta e, assim, acabam por conduzir a conversa para caminhos secundários que poderiam muito bem ser evitados!!!!!!

    Como fico "com os dedos coçando no teclado" quando aparecem pessoas que optam por meramente desqualificar algo do qual pode-se extrair muitas verdades, infelizmente acabo "entrando na onda" de querer responder a estas pessoas que agem assim!!!!!!

    Se tem algo que eu ainda devo aprender, mas que ainda está difícil, pode ser resumido em uma frase que um amigo meu, doutorando em Física por intermédio do CCM da USP, costuma dizer:

    "Don´t feed the troll"

    Peço desculpas ao Adonai, a vc e a outros interessados no texto, se por acaso acabei provocando "um desvio-padrão significativo" em relação ao tema original do texto aqui debatido!!!!!!

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  38. ops Leandro.. perdão se escrevi algo que sentiu que foi para vc... absolutamente. Apenas estava divagando... Mas concordo! O que deve ser debatido neste blog é justamente o que o professor Adonai quer: que o ensino seja levado a sério. Que a matemática progrida, que saiamos do estado medieval e que comecemos a formar cabeças pensantes e pesquisadores sérios. Está na hora do Brasil começar a se desenvolver neste sentido! E aguardo, ansiosa, novos posts do Adonai. (desculpem os erros do outro comentário)

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  39. Caro Professor, me desculpe o comentário, mas o senhor já se perguntou se o trabalho que o senhor faz vale o seu salário? Passando alunos sem um mínimo de conhecimento da disciplina é eticamente absurdo. Pois se os alunos vão mal, claro que há culpa no aluno, mas também há culpa no professor que não soube passar o conhecimento de maneira didaticamente correta.

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  40. Obrigado pela resposta professor, como outros também fiquei curioso sobre seu projeto cinematográfico! Abraço.

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  41. Oi, Anônimo

    É muito difícil responder sua questão em poucas linhas, até porque não tenho certeza se entendi o que pergunta. Sua redação não é clara. Mas tentarei. Em primeiro lugar, estou já há algum tempo buscando por opções profissionais para pedir demissão da UFPR. Não fiz isso ainda porque tenho uma responsabilidade financeira com meu filho. Em segundo lugar, vale observar que meu trabalho não é apenas lecionar. Já contribuí muito com a UFPR em termos de pesquisa (com citações por pesquisadores de vários países), extensão e administração. Se quiser, posso enviar meu CV por email. Contribuí muito mais do que a maioria. Em terceiro lugar, como venho apontando há tempo, a universidade toda aprova uma massa gigantesca de alunos sem mérito. Não há escolha. Se critérios sérios de seleção e avaliação fossem aplicados, muitas graduações fechariam. Além disso, como a própria UFPR assinou com o Governo Federal um pacto de 90% de conclusão de cursos de graduação, minha atitude com o Curso de Ciências Biológicas está em perfeita harmonia com as metas da própria universidade. Estou até pensando em adotar esse método permanentemente. Em quarto lugar, você está demonstrando ser mais um que confunde ética com moral. Entendo que é um erro muito comum aqui no Brasil, terra de pessoas ignorantes e sem noção de cidadania. Mas pelo menos você poderia ler e refletir sobre o que já foi publicado por aqui. Pouparia tempo e energia. Além disso, não se questiona sobre ética ou moral em comentários anônimos. E eu já apontei isso também. Civilidade demanda transparência. Eu só permito comentários anônimos aqui para dar espaço aos que desejam desabafar suas frustrações com nosso ensino. Eu gostaria de responder essa questão de forma muito mais completa. Mas como você não está demonstrando ler as postagens deste blog ou sequer pensar com responsabilidade sobre elas, vou parar por aqui.

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  42. Oi, Augusto

    Em janeiro postarei informações sobre tais projetos.

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  43. Anônimo

    Já ouvi muitos burburinhos por aí sobre isto de "passar o conhecimento de forma didaticamente correta".

    Inclusive, grande parte das escolas particulares em Curitiba se preocupam em selecionar professores usando este discurso que, ao meu ver, é esquisito, vazio e sem qualificação!!!!!!

    Recentemente, participei de um curso de capacitação de docentes para o Ensino Médio de uma empresa de recursos humanos em Educação e saí de lá extremamente escandalizado.

    Do ponto de vista desta empresa (que contrata os professores para boa parte da rede particular de ensino), o melhor professor é aquele que dispõe da melhor tecnologia de ponta para ilustrar suas aulas, é o que usa a maior variedade de recursos visuais e auditivos em suas aulas, é o que tem disponível a última versão dos melhores programas de computador para sua classe, é o que melhor se adapta ao linguajar dos estudantes e é o que melhor se aproxima do estudante como uma espécie de, sei lá, "figura paternal".

    CONTINUA

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  44. O absurdo foi tanto, que chegaram a ousar dizer que o melhor professor é aquele que "sabe como transmitir melhor o conhecimento" (sabe-se lá que porcaria isto significa) e não aquele que sabe mais e possui um domínio melhor dos assuntos!!!!!!

    Afirmam também que, na hipótese de dois candidatos avaliados para o cargo de docente, se um tira 7,0 na prova e o outro tira 9,0 na mesma prova teórica, ambos estão em iguais condições de conhecimento teórico, mesmo havendo uma diferença de 2,0 pontos entre eles. Em outras palavras, ignoram completamente que a nota máxima possível é de 10,0 pontos (o que facilita para que as diferenças entre as notas sejam cada vez menores) e que se fizessem uma prova com nível teórico mais elevado, esta diferença entre as notas poderia ser bem maior do que os meros 2,0 pontos, pois exigiria mais do candidato!!!!!!

    Quanto a esta história de "saber transmitir o conhecimento", não existe conversa fiada pior do que esta!!!!!

    CONTINUA

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  45. Explico: para dominar um determinado conteúdo (qualquer que seja ele) precisamos fazer uso de algum tipo de linguagem (qualquer que seja ela). Com isto, vamos nos aprimorando e evoluindo, aumentando nosso nível de domínio e conhecimento sobre o assunto.

    O aumento neste domínio exige que, muitas vezes, necessitemos aprimorar progressivamente nossa própria linguagem para torná-la mais de acordo com os novos conhecimentos.

    Sendo assim, ao dominar determinado assunto, adquire-se também o domínio sobre a linguagem envolvendo aquele assunto.

    Uma vez que este processo de aquisição de conhecimento e aprimoramento na linguagem inicia-se geralmente de modos mais simples, intuitivos e primitivos, evoluindo com o tempo e com os estudos, é natural que alguém que alcançou determinado nível de conhecimento, consiga também entender a linguagem dos níveis mais básicos e, se necessário, até mesmo comunicar-se em níveis mais primitivos neste sentido.

    O próprio Adonai demonstra isto em suas postagens e conversas, pois ele consegue "descer os degraus até nos alcançar" em nossos respectivos níveis!!!!!!

    Se ele não conhecesse e não dominasse os assuntos que aborda, isto provavelmente não seria possível!!!!!!

    Portanto, quem verdadeiramente conhece sobre aquilo que leciona, necessariamente consegue bem comunicar-se com quem quer que seja!!!!!!

    Do contrário, trata-se de alguém que pensa que sabe, mas que efetivamente não sabe aquilo que pensa saber!!!!!!

    Os alunos, quase tão ignorantes quanto os falsos docentes (o que é natural, já que são aprendizes), deixam-se levar por falsas e enganosas impressões pessoais e pensam saber que aquele falso docente entende muito do assunto, quando na verdade não sabem tanto quanto deveriam saber!!!!!!!

    Conseguir comunicar-se com eficiência para um determinado público-alvo faz parte do processo de bem conhecer um determinado assunto!!!!!!

    Ora, se é por meio da comunicação que conseguimos bem aprender boa parte do que estudamos e aprendemos na escola de forma bem sistemática e organizada, é também deste modo que podemos comunicarmos com os demais, se realmente nos consideramos sistemáticos e organizados, características estas que professores e pesquisadores devem buscar já que se dizem adeptos da Ciência e do conhecimento científico!!!!!!

    Vejo o conhecimento, a linguagem e a comunicação como processos interdependentes em todos os sentidos, pois as próprias conexões neurológicas que nos permitem raciocinar e aprender sobre o mundo representam, em alguma instância, algum tipo de comunicação no sentido de que para raciocinarmos, nossa mente decodifica estímulos externos, permite a interpretação de impressões externas (visuais, auditivas, etc), permite a adaptação e organização de informações geradas por experiências, etc!!!!!!

    E os próprios conceitos de decodificação, interpretação e raciocínio envolvem a ideia de comunicação e linguagem, mesmo que em instâncias primitivas!!!!!!

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  46. O enredo do texto que se refere a vida acadêmica é real e o estímulo a bolsas de estudos com valores superiores ou iguais a um salário mínimo ajudaria vários estudantes que de fato querem ter um conhecimento consistente. Dou-me como exemplo, pois durante o ano de 2011 cursei a disciplina de cálculo com o próprio professor Adonai, porém conciliar 9 a 10 horas de trabalho e ainda ter uma boa e saúdavel disposição mental foi uma tarefa que infelizmente fracassei, porém eu poderia optar pela massa que busca somente o diploma e passar com média 5 nos exames finais e "tocar o barco", no entanto me pergunto: "Meu objetivo realmente é ser mais um e desvalorizar todos os esforços investidos a mais de 3 séculos em cálculo diferencial e integral? Do que adianta ser aprovado em uma disciplina e não ser mais que um estudante que de modo mecânico aplica fórmulas? Como vou poder criar algo se eu nem sei o que estou fazendo?". Dado a essas auto-avaliações que me rendi as minhas limitações e precisei sacrificar um semestre para investir em meu trabalho, juntar fundos financeiros para me sustentar durante 4 anos, porque foi o único modo que vi para me dedicar integralmente aos estudos, pois acredito que somente dessa forma aprenderei muito do que o curso de ciências exatas tem a oferecer e quem sabe poder fazer frente e contribuir com grandes nomes da nossa ciência brasileira e até mesmo mundial. É uma pena concordar, mas até hoje a ciência tem demonstrado que ela é dignamente composta por uma minoria. Parabéns pelo texto professor Adonai.

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  47. Leandro,

    Você menciona sobre um "curso de capacitação de docentes para o Ensino Médio de uma empresa de recursos humanos em Educação". Poderia, por favor, me dizer o nome da empresa? Pretendo começar a expor esse tipo de iniciativa. Toda ajuda é bem-vinda.

    Abraço

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  48. Olá, Adonai.

    Apenas vou relatar o que vejo, o que observo, agora que estou fora da Ufpr e estudando em outra instituição, posso estar errada, mas foi essa a minha conclusão após ler seus últimos post's no blog.

    Já fui sua aluna. Antes, eu achava o mesmo que outra pessoa citou anteriormente, achava que o problema era com a sua didática (não só a sua, de outros docentes também). Hoje, vendo pelo lado de fora, vendo como funciona outra instituição de ensino, eu vejo que estava errada. O problema não está com os professores, e sim, com a instituição. Eu escutei várias pessoas dizendo que as instituições federais de ensino estão decaindo por culpa do falso incentivo que o governo lhes proporciona, e hoje, isso é muito claro pra mim. Ouço relatos de meus amigos que continuam na Ufpr e vejo decepção de ambas as partes: do corpo docente e dos acadêmicos (aqueles que realmente tem interesse em alcançar o título de graduado, claro). Está tudo errado com o "sistema" desse país. Reuni é só mais um pouquinho de pão-e-circo.

    Enfim, no fundo, eu só queria dizer que concordo com suas opiniões. E espero que o você não conte com a ideia de que os alunos, principalmente os calouros, achem isso ruim.

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    1. Anônimo

      Poderia, por favor, dizer exatamente o que fez você mudar de ideia? Fiquei curioso.

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  49. Dr. Adonai!
    Sou seu fã ..já fui seu aluno na pós de matemática, mas infelizmente não consegui concluir o curso por motivos pessoais....mas, entretanto, tive o satisfação e o privilégio de ser seu aluno.
    Adoro suas críticas ácidas e reais sobre o ensino publico nacional.
    Espero um dia ter a satisfação de poder ouvi-lo ministrar suas aulas com a maestria que só você consegue.
    Um grande e forte abraço.
    Prof. Giuliano

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    1. Caro Professor Giuliano

      Agradeço pelas gentis palavras. Espero que pelo menos algumas postagens sejam úteis em seu trabalho.

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  50. Muito positiva a discussão. Questão posta. Poucas perspectivas.

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  51. Adonai você ainda continua aprovando quem apenas assinar sua avaliações ou já te demitiram?

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    1. Sim, continuo aprovando aqueles que apenas assinam as provas. Esta minha postura já rendeu processo na UFPR, indo parar em diferentes instâncias. Ninguém sabe o que fazer comigo. Então a UFPR decidiu ficar quieta. O problema é que aqueles que demonstraram ser contrários à minha postura inevitavelmente apresentaram argumentos ingênuos. O que faço, na prática, é uma ótima avaliação de caráter: sim, a maioria dos alunos que passam por mim são corruptos passivos. Prefiro jogar esta verdade na cara de todo mundo do que continuar pactuando com inconsistências cruéis por parte de nosso sistema de ensino.

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  52. Adonai, estatísticas recentes mostram o quanto estamos atrasados em implementar um sistema educacional eficiente e atual. Na verdade, estamos completamente distantes de discussões mundiais sobre o tema e isso é, ao meu ver, o complete descaso da sociedade e governantes para com o tema. Entretanto, percebo também que a própria universidade pública brasileira está desconectada da realidade que a cerca como Mercado de trabalho e formação profissional adequada. Enfim, parece-me que todas as pontas do nosso sistema educacional estão comprometidas e merecem, urgentemente, uma profunda discussão e revisão de metas..... O que acha disso?

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    1. Marcelo

      Concordo plenamente com o que você diz. Seria necessária uma mudança radical de mentalidade dominante em nosso país, para a educação começar a cumprir com o seu papel de agente transformador. Não confio em ações governamentais centralizadoras para exercer esse tipo de mudança, ainda mais no Brasil (país que ainda não entendeu o que é um regime democrático). Ou seja, se minha intuição estiver certa, não veremos mudanças significativas e construtivas em nossa educação pelas próximas décadas. Continuaremos a deixar a educação apodrecer neste século 21.

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